Conheça a importância dos alimentos sem conservantes

Será que só o valor nutricional dos alimentos seja o único fator que influencie nas escolhas alimentares das pessoas em geral? Percebo hoje em dia um grande interesse da população na leitura de rótulos apesar de não saber interpretá-los e acho importante conhecer esses nutrientes e aditivos presentes nos alimentos. Sendo assim. vou explicar como interpretar corretamente tanta informação inserida nesses rótulos visando contribuir com as melhores escolhas sem abrir mão da praticidade do dia a dia já que ninguém tem tempo a perder.

A primeira dica é: Leia atentamente os ingredientes e faça escolhas corretas. Não se preocupe só com o valor calórico dos alimentos, tente se atentar para o tipo de nutrientes e aditivos presentes nos alimentos. Uma dúvida frequente entre os pacientes em geral é sobre o tipo de alimento que estamos comprando e consumindo e se ele faz bem ou não a saúde. E há uma noção comum de que todos os alimentos que encontramos em embalagens são opções ruins à saúde. Popularmente e erroneamente, eles são taxados como alimentos cheios de conservantes e de aditivos. Mas será que isso é totalmente verdade? Vamos começar entendendo o que são os aditivos.

Aditivo alimentar é toda substância que tenha ou não valor nutritivo, cuja adição intencional, com finalidade tecnológica ou organoléptica, em qualquer fase de produção do alimento, requer modificação das características do alimento. O emprego dos aditivos se justifica desde que não constitua qualquer perigo a saúde humana e é por isso que o Ministério  da Saúde, juntamente com órgãos oficiais, faz a avaliação da toxicidade dessas substâncias.

Os conservantes e os agentes antimicrobianos têm um papel importante no abastecimento de alimentos quimicamente estáveis e seguros. A demanda crescente por alimentos de conveniência, praticidade  e um longo  prazo de validade, é   necessário pelos canais de distribuição, e isso  torna imperativo o uso de conservantes em alimentos processados.

Os conservantes são substâncias químicas adicionadas aos alimentos para manter suas características físicas e nutricionais por um tempo maior.

Essas substâncias impedem o desenvolvimento de microorganismos, como bactérias e fungos, nos alimentos, o que evita intoxicações alimentares. A escolha do conservante que será utilizado no alimento depende de alguns fatores.

Os alimentos podem ser de origem animal e vegetal e alguns microrganismos podem se vincular a esses alimentos provocando alterações indesejáveis. Dentre os tipos de microrganismos pode-se citar os deteriorantes, que causam alterações químicas e físicas como mudanças na cor, odor, sabor e textura.

Sabendo que os alimentos promovem ao organismo energia para suprir suas funções vitais, é importante mantê-los seguros em questão de qualidade. Nisto, a melhor maneira de se preservar as qualidades nutricionais de um alimento, e impedi-lo de deteriorar-se, é por meio da conservação, uma técnica empregada aos alimentos que visa aumentar a vida de prateleira, mantendo-o livre de microrganismos que provoquem alteração em sua qualidade microbiológica e organoléptica. Atualmente há vários métodos de conservação de alimentos, no geral podemos classificá-los como conservantes sintéticos ou naturais.

Por definição, os conservantes naturais são aditivos utilizados com o intuito de conservar e diminuir o crescimento bacteriano no alimento, de forma a mantê-lo próprio para consumo, mantendo o seu sabor, textura e aroma. Podendo ser de origem vegetal, animal e/ou microbiana, devemos classificá-los em agentes antimicrobianos e agentes antioxidantes.

Galo et al. (2018), define conservantes naturais como substâncias intencionalmente adicionadas aos alimentos capazes de conferir alguma característica ou melhorar outras, como as propriedades de armazenamento. Sendo moléculas de origem natural que apresentam atividade biológica na conservação alimentar, tem função antioxidante, se enquadrando na conservação alimentar pela adição de aditivos.

Manter o alimento o mais parecido possível com suas características físicas, químicas e biológicas através do uso de substâncias naturais, é o nome apropriado ao método de conservação alimentar por meio de conservantes naturais.

Nos dias atuais os conservantes sintéticos vêm sendo utilizados com moderação, pois estudos apontam diversos malefícios relacionados ao seu uso em excesso para saúde humana. Desse modo, devido à grande procura, pela população, por alimentos menos industrializados, os conservantes naturais estão em crescente aumento, com isso, as indústrias procuram cada vez mais suprir as necessidades desse grupo de pessoas dando enfoque à importância do conhecimento notório de tais substâncias pela população. A boa noticia é   que os alimentos e bebidas armazenados em embalagens cartonadas não precisam desses aditivos e muitas empresas como a Tial tem se preocupado em ofertar produtos  sem necessidade de adição de conservantes ao alimento, já que a tecnologia da caixinha impede que o produto entre em contato com a luz, ar ou umidade, preservando os nutrientes por mais tempo e mantendo o sabor, cor e textura do produto.

Como titulo de curiosidade conheça os principais aditivos e em quais alimentos estão presentes:

• Corantes artificiais (refrescos, refrigerantes, sucos, iogurtes, leite aromatizado, gelatina, pudins, sorvetes, biscoitos, balas )
• Sulfitos (dióxido de enxofre e metabisulfito) (refrescos em pó, refrigerantes, sucos, embutidos)
• Glutamato monossódico (salgadinho, tempero pronto, caldo industrializado, sopas prontas, congelados, shoyo, bolacha salgada)
• Antioxidantes com ação conservante (butilhidroxianisol- AV e BHT (manteiga, margarina, óleos, gordura, cacau, produtos desidratados)
• Nitritos e nitratos (produtos defumados, carnes industrializadas, presunto, frios, verduras convencionaise hidropônicas)

O consumo de alimentos industrializados ultraprocessados pode estar diretamente relacionado ao desenvolvimento de obesidade, diabetes, câncer e demais doenças crônicas não transmissíveis. Contudo, ainda é incerto quais as variáveis presentes nos alimentos ultraprocessados que mais contribuem para esses resultados, citando a necessidade de analisar melhor os aditivos alimentares, dentre outros componentes.  A boa noticia é que algumas  marcas têm trabalhado seu portfolio, seja dando preferência a aditivos naturais, repensando ou retirando aditivos que eram habitualmente utilizados, graças ao avanço da tecnologia associado à incorporação, por parte das marcas, de trazer ao consumidor alimentos mais naturais e básicos  o que possibilitou a produção e conservação de alimentos ou bebidas sem o uso dessas substâncias.

Conclusão: Não podemos esquecer que  conservantes tradicionais fazem parte de nossas vidas como o sal, o açúcar, o vinagre Por isso tente sempre comer com moderação visando sempre escolhas alimentares saudáveis e equilibradas. Fazer a opção correta pelo alimento na hora da compra faz toda a diferença. Busque comprar produtos de  empresas com um olhar para  nova política de transparência com o  seu consumidor. A Tial  tem uma política de produção de alimentos que busca adotar práticas mais saudáveis nos processos de fabricação e distribuição de bebidas consideradas clean label  “rótulo limpo” visando   acompanhar uma tendência para agradar os consumidores cada vez mais exigentes que prezam  pelo bem-estar e pela manutenção da saúde.

Dra. Elaine Cristina Rocha de Pádua

CRN22094