Suplementação com Vitaminas e Minerais, quando fazer?

Hoje vamos falar um pouco a respeito da suplementação de vitaminas e minerais, que é um tema tão atual e necessário nos dia de hoje. Muitas pessoas se automedicam e essa prática também se estende à suplementação de vitaminas. É Importante lembrar que alguns fatores colaboram para a deficiência de micronutrientes, e dentre eles podemos citar a monotonia alimentar, baixa prevalência de leite materno, baixo consumo de alimentos de origem animal, estado nutricional deficiente, baixa absorção, fatores sociais como pobreza e baixos níveis educacionais, dentre outros.

Há também a má alimentação ou má nutrição devido ao aumento do consumo de alimentos artificiais, açúcares e gorduras em detrimento dos alimentos in natura como frutas legumes, vegetais e cereais.  Uma tendência crescente após a nova regulação para embalagens de produtos alimentícios é a observância com mais cautela dos produtos com teor elevado de conservantes e açúcares. Estes produtos de consumo popular ficaram mais transparentes com o uso do ícone da lupa em suas embalagens, demonstrando o excesso desses ingredientes nocivos a saúde.

Já podemos abrir um paralelo interessante, com alguns produtos da Tial; bebidas que trazem qualidade e sabor e sem aditivos ou conservantes prejudiciais à saúde. Não sendo necessários que suas embalagens contenham o ícone da lupa ou qualquer outro alerta. Tendo como exemplo o Vitamix: bebida sem lácteos, mas com muita fruta, cheia de vitaminas.

Mas nutri, se eu não consigo me alimentar muito bem, não tem problema eu comprar aquelas vitaminas “completas” que vendem na farmácia, não é? A resposta é não! O nosso corpo tem uma necessidade diária de nutrientes e a RDA (Recommended Dietary Allowance) é o parâmetro de recomendação do consumo alimentar para cada nutriente, necessária para suprir as necessidades de quase todo a população saudável (97 a 98 %), compreendida num determinado grupo, gênero, idade e estágio de vida. É bem sabido que a alimentação variada e balanceada é capaz de suprir essa necessidade, mas como a alimentação mudou de natural para industrializada, a maioria da população vive em estado deficiente.

Por exemplo, O corpo elimina naturalmente algumas vitaminas em excesso, evitando a hipervitaminose. No entanto há outras, como A, D e K, que acabam se acumulando no organismo e podem causar algumas sequelas. Por exemplo, o excesso de vitamina D pode sobrecarregar veias e artérias, além de causar a perda da função renal.

Têm sido relatados alguns casos de intoxicação por excesso de vitamina D, principalmente em crianças. Araki et al, (2011). reportaram dois casos em crianças por erro do fabricante na formulação e na recomendação de ingestão, resultando em hipercalcemia e sintomas como náusea, poliúria e fadiga após consumirem uma quantidade aproximadamente mil vezes acima da dose recomendada.

Já sobre a vitamina A de uma só vez pode causar, em questão de horas, sonolência, irritabilidade, cefaléia, náusea e vômitos, seguidos de descamação da pele. A pressão dentro do cérebro é maior. Se a ingestão de vitamina não for interrompida, existe o risco de entrar em estado de coma ou óbito. As mulheres que estão ou planejam ficar grávidas não devem consumir vitamina A em quantidades superiores ao limite de segurança (3.000 microgramas) para evitar riscos de malformação do bebê.

O ideal para iniciar uma suplementação manipulada é sempre procurar um profissional médico e nutricionista que possa analisar os sinais e sintomas de cada deficiência, e assim a suplementação ser feita de modo individual, pois um nutriente pode interferir na absorção de outro ou o seu excesso (hipervitaminose) pode causar problemas ao organismo, ou até danos irreversíveis.

A falta de estudos suficientes e conclusivos sobre suplementos vitamínicos e/ou minerais deve-se não ao fato de ser um assunto recente, mas, principalmente, ao constante aparecimento de novos produtos no mercado. É importante sempre estar atento e evitar a auto suplementação e ao sentir algum desconforto, fraqueza, ou sintoma adverso já tendo aderido a essa prática, cessar imediatamente e procurar ajuda de um pronto socorro ou um médico.

Nutricionista Amanda Severo

CRN 6 33051